Sara Figueiredo | C9 | Grupo Azevedos | Rio de Janeiro, Brasil
Seria junho de 2005 quando no laboratório de virologia em Lyon, na reta final do meu segundo Erasmus, quando fiz a inscrição para o programa Inov contacto C9. O sentimento foi de que seria impossível ser selecionada já que na drop list de licenciaturas nem existia a de Ciências Farmacêuticas.
Longe estava de pensar que a 6 de novembro estaria a fazer o check-in no Vila Galé Opera e, uns dias mais tarde a saber que o meu próximo ano seria no Rio de Janeiro. No momento em que os C9 celebram os 20 anos de programa é difícil escolher quais os momentos mais marcantes... deixando muitos momentos de fora, não resisto a destacar "o maior concerto de rock da História" com 1,5 milhões de pessoas, viver o Carnaval na Sapucaí e mais tarde os preparativos para o seguinte nas escolas de samba, a copa do Mundo FIFA em que percebi o que significa futebol como sinónimo de religião. Foi também ano de eleições presidenciais com os inesquecíveis os showmícios ou slogans como "roubo mas faço", os inúmeros churrascos e feijoadas, o ritual no "Bar Semente" ao domingo. E as viagens, desde a festa que juntou dois aniversariantes a 10 de Maio em Paraty, a ida a Ouro Preto, Brasília, Bonito e Teófilo Otoni para dar alguns exemplos. A cereja em cima do bolo seriam os três meses pela América do sul antes do regresso a Portugal.
A maior aprendizagem ao trabalhar numa fábrica das 7.30h às 17.30h foi perceber o privilégio que é não ter que contar com as duas refeições quentes da cantina como as únicas do dia, o que é não ter que fazer uma deslocação diária de duas horas para cada lado e ser trabalhador-estudante incluindo momentos idênticos aos descritos no filme "Central do Brasil", o valor da vida quando se é apanhada por duas vezes em fogo cruzado ou daquela vez que fui assaltada em inglês... nunca podemos dar nada como garantido. O poder transformador da educação.
O que me trouxe este ano de C9 foram amizades e relações para a vida, a começar por aquela com o pai dos meus dois filhos ou de amigos que me acharam merecedora de ser a madrinha do seu.
Tenho tido a oportunidade de trabalhar em equipas internacionais onde destaco 6 meses em Singapura e tenho cada vez mais a convicção que a educação quebra barreiras, preconceitos e telhados de vidro em termos de equidade. Estou muito grata ao C9 por esse contributo e espero que mais pessoas possam vir a beneficiar deste programa.
Seria junho de 2005 quando no laboratório de virologia em Lyon, na reta final do meu segundo Erasmus, quando fiz a inscrição para o programa Inov contacto C9. O sentimento foi de que seria impossível ser selecionada já que na drop list de licenciaturas nem existia a de Ciências Farmacêuticas.
Longe estava de pensar que a 6 de novembro estaria a fazer o check-in no Vila Galé Opera e, uns dias mais tarde a saber que o meu próximo ano seria no Rio de Janeiro. No momento em que os C9 celebram os 20 anos de programa é difícil escolher quais os momentos mais marcantes... deixando muitos momentos de fora, não resisto a destacar "o maior concerto de rock da História" com 1,5 milhões de pessoas, viver o Carnaval na Sapucaí e mais tarde os preparativos para o seguinte nas escolas de samba, a copa do Mundo FIFA em que percebi o que significa futebol como sinónimo de religião. Foi também ano de eleições presidenciais com os inesquecíveis os showmícios ou slogans como "roubo mas faço", os inúmeros churrascos e feijoadas, o ritual no "Bar Semente" ao domingo. E as viagens, desde a festa que juntou dois aniversariantes a 10 de Maio em Paraty, a ida a Ouro Preto, Brasília, Bonito e Teófilo Otoni para dar alguns exemplos. A cereja em cima do bolo seriam os três meses pela América do sul antes do regresso a Portugal.
A maior aprendizagem ao trabalhar numa fábrica das 7.30h às 17.30h foi perceber o privilégio que é não ter que contar com as duas refeições quentes da cantina como as únicas do dia, o que é não ter que fazer uma deslocação diária de duas horas para cada lado e ser trabalhador-estudante incluindo momentos idênticos aos descritos no filme "Central do Brasil", o valor da vida quando se é apanhada por duas vezes em fogo cruzado ou daquela vez que fui assaltada em inglês... nunca podemos dar nada como garantido. O poder transformador da educação.
O que me trouxe este ano de C9 foram amizades e relações para a vida, a começar por aquela com o pai dos meus dois filhos ou de amigos que me acharam merecedora de ser a madrinha do seu.
Tenho tido a oportunidade de trabalhar em equipas internacionais onde destaco 6 meses em Singapura e tenho cada vez mais a convicção que a educação quebra barreiras, preconceitos e telhados de vidro em termos de equidade. Estou muito grata ao C9 por esse contributo e espero que mais pessoas possam vir a beneficiar deste programa.