A Suécia tem uma sólida imagem internacional. É o país da neve, da Volvo, da Ericsson, do IKEA, das famosas almôndegas, dos Abba – e de setores económicos de ponta, por vezes ainda mal reconhecidos no resto da Europa. Sabia que 92 por cento das transações no retalho na Suécia são pagamentos digitais? Ou que 99 por cento das receitas médicas são também digitais?
Quando pensamos na Suécia e nas oportunidades que este mercado pode representar para as empresas portuguesas, é provável que não venham de imediato à memória alguns setores específicos, como o da Ciências da Vida, das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ou da Energia. Mas essas são algumas das áreas que podem surpreender, porque há uma Suécia muito para além do óbvio.
O setor das Ciências da Vida é de extrema importância na Suécia, representando 3 por cento do PIB sueco e empregando 40 mil pessoas, repartidas por aproximadamente 1.000 em[1]presas. A grande maioria está localizada nas três regiões metropolitanas: Estocolmo/Uppsala (54 por cento), Gotemburgo (16 por cento) e Malmö/ Lund (21 por cento). A Suécia é um dos países mais proeminentes no que respeita a investigação e desenvolvimento (I&D), sendo líder em várias áreas, tais como oncologia, neurociências ou doenças metabólicas.
Por Miguel Fontoura, diretor das delegações dos mercados nórdicos da AICEP