A edição de julho/agosto de 2025 da revista Portugalglobal é dedicada ao setor da Construção e materiais de construção: uma obra feita de inovação e sustentabilidade
Em pleno processo de transição verde e digital de infraestruturas e edifícios, a fileira da Construção Civil e Materiais de Construção portuguesa (CCMC) destaca-se pelas competências e vantagens competitivas que asseguram o seu sucesso no mercado internacional. Constituídos sobretudo por PME de base familiar, estes dois grandes setores apostam na inovação e na tecnologia. O resultado tem sido um crescimento médio anual, nos últimos cinco anos, de 14,5 por cento nas exportações de serviços e de 8,9 por cento nas exportações de bens.
Os setores da construção civil e materiais de construção têm sido historicamente orientados para os mercados externos. No ano passado representaram 2,2 por cento do total das exportações portuguesas de serviços e 6 por cento do total das exportações nacionais de bens. Estes setores, em conjunto, agregam mais de 151 mil empresas, que empregam mais de 612 mil pessoas. O seu volume de negócios atingiu os 55 mil milhões de euros em 2023.
Estes setores têm-se destacado também por acompanhar as novas tendências, designadamente ao nível da industrialização, da sustentabilidade e digitalização do ambiente construído e do comércio eletrónico, e essa aposta é uma das principais razões para o seu crescimento.
No setor da construção civil, a competitividade, a capacidade de internacionalização e de adaptação das empresas, a vasta experiência na área da reabilitação e a qualidade da mão de obra tradicional são alguns exemplos de vantagens competitivas neste setor. Outros serão o elevado conhecimento e rigor, a sinergia entre engenheiros, arquitetos e paisagistas que dão origem a obras memoráveis, com identidade e cultura, e a capacidade de fazer engenharia e obra para o mundo.
Todos estes fatores têm levado ao aumento das exportações destes setores. No caso dos serviços de construção, a balança comercial é positiva e as exportações aumentaram de 736 milhões de euros em 2020 para 1.265 milhões de euros em 2024, com uma taxa de variação média anual de 14,5 por cento.