Existe uma clara aposta, do governo Petro, no transporte ferroviário que, nas últimas décadas, foi preterido para o transporte rodoviário.
Segundo dados da Agência Nacional de Infraestrutura (ANI), 63,2% da rede ferroviário na Colômbia está inativa.
Dos investimentos em infraestruturas realizados nos últimos anos apenas 1,8% foi no ferroviário, contra 77,4% em rodovias. Atualmente, 80% do transporte de mercadorias é rodoviário. O transporte ferroviário de mercadorias caiu para menos de 20%, nos últimos anos.
Foi anunciado esta semana, pela ANI, um importante passo no desenvolvimento deste importante projeto do governo colombiano, para modernização da sua rede ferroviária. Junto com o Ministério de Transporte, a ANI recebeu três propostas interessadas na concessão, por 10 anos, do corredor ferroviário La Dorada - Chiriguaná, espinha dorsal da reativação ferroviária da Colômbia ao conectar o centro do país com a costa caribenha.
Trata-se da primeira Parceria Publica Privada (PPP) férrea da Colômbia (existem outros dois grandes projetos que estão previstos serem lançados ainda durante este governo), que contempla um corredor férreo de 526 Km de extensão, num investimento previsto de 3,4 bilhões de pesos colombianos (cerca de 817 milhões de dólares).
Os três consórcios selecionados, entre um total de 43 candidaturas, foram:
* APCA TFC: constituída pela Mota-Engil Colombia SAS (50%), Colombia ME SAS (25%) e Infraestructura Nacional Limitada (25%).
* ERG Dorada: 80% detida pela ERG Compañía de Infraestructura y Desarrollo SAS, seguida pela Mía Grupo Empresarial SAS (10%), Castro Tcherassi SA (5%) e Elogio Soluciones Logísticas SAS (5%).
* Linha Ferroviária Central: liderada pela Ortiz Construcciones y Proyectos SA, que detém 75% do capital. É concluído pela C.I. Recursos Naturais Colombianos (10%) e Transferport SAS (15%).
Nas redes sociais da ANI, o motivo era para comemoração: "#VuelveElTren y celebramos que con experiencia y conocimiento de empresas de origen Británico, Portugués, Español y Colombia se sumen sinergias para que este proceso de La Dorada - Chiriguaná, haga parte de la reactivación férrea en nuestro país."
Atualmente, o corredor movimenta anualmente mais de 225 mil toneladas, o valor mais elevado dos últimos cinco anos. Com a reativação e modernização do corredor projeta-se um aumento significativo, atingindo os 2,8 milhões de toneladas por ano a médio e longo prazo.
A audiência para adjudicação do projeto a um dos três consórcios está prevista para o dia 3 de abril deste ano.

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12 fev. 2025