As vinhas que percorria na infância criaram em Frederico Falcão uma paixão que o acompanhou ao longo dos anos. Hoje o presidente da ViniPortugal, organização que agrega associações e estruturas profissionais ligadas à produção e comércio de vinho, considera que há uma maior maturidade do setor. EUA, Canadá e Brasil são destinos que se destacam, mas o objetivo é também aumentar a presença dos vinhos portugueses noutros mercados. A concorrência é grande mas as vantagens também. “O que nos distingue é ter uma imensidão de terroirs e de castas autóctones num pequeno território”.
A ViniPortugal foi fundada em 1996. Como olha para a evolução do setor vitivinícola em Portugal ao longo dos últimos anos?
A evolução do setor vitivinícola nacional tem sido impressionante. Se olharmos para o que era o setor em 1996 e para o setor nos dias de hoje, a diferença é enorme. Hoje há uma maior maturidade do setor, está mais profissional e mais voltado para o mercado internacional. Fazendo uma análise retrospetiva, é fácil constatar que a maioria das marcas de vinho presentes no mercado e com sucesso não existiam em 1996. Hoje, Portugal afirma- -se no mercado internacional como um produtor de excelência e de referência, algo que não poderíamos afirmar em 1996.
Como tem decorrido a promoção dos vinhos portugueses nos mercados externos setembro e quais as ações mais relevantes do plano estratégico da ViniPortugal?
A nossa promoção externa, quer no mercado europeu, quer no mercado de países terceiros, tem corrido muito bem, com grande visibilidade e sucesso. Aquilo que pretendemos, num horizonte a seis anos, até 2030, é manter o crescimento das nossas exportações, assente no crescimento do preço médio por litro de vinho. Mais do que olhar para um valor total de vendas a atingir, pretendemos manter este caminho de crescente reconhecimento externo e de aumento do preço médio de venda.