As energias renováveis são centrais para pôr fim à dependência energética de combustíveis fósseis e Portugal é altamente competitivo neste setor, defende Pedro Amaral Jorge. Para o presidente da Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN), o país possui um forte conhecimento técnico, boas universidades e uma estabilidade regulatória que dá segurança aos investidores.
A demora no licenciamento de projetos ligados às energias renováveis, o atual desenho de mercado de eletricidade e a lenta descarbonização dos consumos de energia são as principais dificuldades, mas a APREN sublinha a ambição da nova versão do Plano Nacional Energia e Clima (PNEC) no que diz respeito à energia eólica offshore. “É uma oportunidade muito importante para o país”.
Quais são atualmente as prioridades da APREN e como avalia a aposta nas energias renováveis em Portugal?
A prioridade da APREN é a promoção das energias renováveis. Procuramos contribuir para as políticas energéticas nacionais e europeias para que sejam favoráveis ao aumento da utilização das energias renováveis, o que inclui participar em consultas públicas, colaborar com o governo e outras entidades e propor medidas legislativas e regulamentares que acelerem o desenvolvimento do setor.
Defendemos também a integração eficiente da eletricidade gerada com base em energias renováveis no mercado elétrico ibérico e apoiamos o aumento da cobertura geográfica, capilaridade e modernização das redes de distribuição e transporte de eletricidade. Apostam ainda na educação e na sensibilização para a importância das energias renováveis.
Na área da inovação, apoiamos a investigação no setor da produção de eletricidade e combustíveis não poluentes com base em energias renováveis e o desenvolvimento de novas tecnologias. E procuramos fortalecer a cooperação internacional, tanto no âmbito europeu quanto global, para partilhar conhecimentos, tecnologias e boas práticas.