O presidente da AICEP, Ricardo Arroja, considerou hoje “altamente improvável” que os investimentos diretos estrangeiros dos Estados Unidos em Portugal sejam postos em causa com a nova administração de Donald Trump.
O presidente da AICEP, Ricardo Arroja, considerou hoje “altamente improvável” que os investimentos diretos estrangeiros dos Estados Unidos em Portugal sejam postos em causa com a nova administração de Donald Trump.
Questionado pela Lusa sobre o eventual impacto dos planos económicos protecionistas do Presidente eleito dos Estados Unidos, o líder da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) admitiu haver ainda muita especulação sobre o tipo de planos tarifários que vão ser implementados pela nova administração, mas salientou que as “economias norte-americana e europeia estão muito integradas, e Portugal e os Estados Unidos em particular”.
“Há muito, de forma não circunstancial, que esses laços têm vindo a ser desenvolvidos e promovidos e, portanto, é para mim altamente improvável, por exemplo, que investimentos diretos estrangeiros dos Estados Unidos em Portugal sejam postos em causa porque há uma nova administração. Ou seja, isto são projetos de investimento de longo prazo,”, avaliou Ricardo Arroja, à margem da 7.ª edição do ‘Portugal Economic Forum’, organizado pela AICEP em Nova Iorque.
“Os elementos circunstanciais conjunturais são obviamente importantes e teremos de estar todos atentos às políticas comerciais que os Estados Unidos vierem a adotar, mas, neste momento, eu acho que é especulativo estarmos a tentar antecipar algumas destas medidas, porque há um processo jurídico e legal e regulatório que tem que ser percorrido em primeiro lugar na América antes de ele ter impacto no resto do mundo”, acrescentou, em declarações à Lusa.
O presidente da AICEP destacou ainda a importância de “olharmos para os números” dos fluxos comerciais e de investimento, frisando que “as exportações de bens e de serviços, sobretudo cada vez mais de serviços de Portugal para os Estados Unidos, estão a crescer a olhos vistos, a ritmos muito elevados, e o mesmo tem sucedido com o investimento direto estrangeiro em Portugal”.