De acordo com o Dinheiro Vivo, a decisão da Comissão Europeia de impor tarifas adicionais à importação de veículos elétricos produzidos na China causou desconforto nas autoridades deste país, que prometem responder à UE, eventualmente agravando os direitos aduaneiros sobre produtos europeus.
A somar ao conflito comercial com os EUA, a China tem agora de enfrentar o protecionismo europeu, justificado pelas elevadas subvenções do Governo chinês aos fabricantes de veículos elétricos a bateria
A guerra comercial global está ao rubro. A decisão da Comissão Europeia de impor tarifas adicionais à importação de veículos elétricos produzidos na China causou desconforto nas autoridades deste país, que prometem responder à UE, eventualmente agravando os direitos aduaneiros sobre produtos europeus. A somar ao conflito comercial com os EUA, a China tem agora de enfrentar o protecionismo europeu, justificado pelas elevadas subvenções do Governo chinês aos fabricantes de veículos elétricos a bateria.
Não é de agora que a China subverte as regras do comércio internacional com subvenções estatais a setores económicos, ao que se junta a proverbial falta de condições laborais e de preocupações ambientais do gigante industrial. Acresce que, no atual contexto de efervescência geopolítica, é ainda mais melindrosa a ascensão económica da China e, sobretudo, a competição desleal deste país em setores de grande interesse estratégico, como é o da alta tecnologia.
Ora, como a História nos ensina, o protecionismo limita fortemente o livre comércio e, desta forma, o crescimento económico mundial. A tendência para a desglobalização penaliza a liberdade comercial, a atração de investimento, a cooperação económica e a internacionalização das empresas.
Para uma pequena economia aberta e periférica como a portuguesa, as restrições ao comércio internacional são uma péssima notícia. Com um mercado doméstico exíguo, baixo poder de compra e falta de fontes de financiamento, Portugal depende muito da sua capacidade para vender produtos e serviços no mercado externo. Tanto assim que as exportações são, há já vários anos, o principal motor da nossa economia.
Por outro lado, a China é o maior parceiro comercial de Portugal na Ásia. Em 2023, as exportações de mercadorias de Portugal para o mercado chinês atingiram os 2,69 mil milhões de euros. Além disso, somos um dos maiores destinatários, per capita, do investimento chinês na Europa - cerca de 11,2 mil milhões de euros em 2022.
No atual cenário de restrições ao comércio internacional, em particular com a China, o Governo português e entidades como a AICEP terão de ser criativas e resilientes nas suas estratégias de diplomacia económica. Caso contrário, o país pode perder capacidade de atração de investimento estrangeiro, não conseguir entrar em novos mercados e ver reduzidas as suas trocas comerciais.
Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários
A somar ao conflito comercial com os EUA, a China tem agora de enfrentar o protecionismo europeu, justificado pelas elevadas subvenções do Governo chinês aos fabricantes de veículos elétricos a bateria
A guerra comercial global está ao rubro. A decisão da Comissão Europeia de impor tarifas adicionais à importação de veículos elétricos produzidos na China causou desconforto nas autoridades deste país, que prometem responder à UE, eventualmente agravando os direitos aduaneiros sobre produtos europeus. A somar ao conflito comercial com os EUA, a China tem agora de enfrentar o protecionismo europeu, justificado pelas elevadas subvenções do Governo chinês aos fabricantes de veículos elétricos a bateria.
Não é de agora que a China subverte as regras do comércio internacional com subvenções estatais a setores económicos, ao que se junta a proverbial falta de condições laborais e de preocupações ambientais do gigante industrial. Acresce que, no atual contexto de efervescência geopolítica, é ainda mais melindrosa a ascensão económica da China e, sobretudo, a competição desleal deste país em setores de grande interesse estratégico, como é o da alta tecnologia.
Ora, como a História nos ensina, o protecionismo limita fortemente o livre comércio e, desta forma, o crescimento económico mundial. A tendência para a desglobalização penaliza a liberdade comercial, a atração de investimento, a cooperação económica e a internacionalização das empresas.
Para uma pequena economia aberta e periférica como a portuguesa, as restrições ao comércio internacional são uma péssima notícia. Com um mercado doméstico exíguo, baixo poder de compra e falta de fontes de financiamento, Portugal depende muito da sua capacidade para vender produtos e serviços no mercado externo. Tanto assim que as exportações são, há já vários anos, o principal motor da nossa economia.
Por outro lado, a China é o maior parceiro comercial de Portugal na Ásia. Em 2023, as exportações de mercadorias de Portugal para o mercado chinês atingiram os 2,69 mil milhões de euros. Além disso, somos um dos maiores destinatários, per capita, do investimento chinês na Europa - cerca de 11,2 mil milhões de euros em 2022.
No atual cenário de restrições ao comércio internacional, em particular com a China, o Governo português e entidades como a AICEP terão de ser criativas e resilientes nas suas estratégias de diplomacia económica. Caso contrário, o país pode perder capacidade de atração de investimento estrangeiro, não conseguir entrar em novos mercados e ver reduzidas as suas trocas comerciais.
Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários