De acordo com o Expresso, o supervisor europeu da banca anuncia a conclusão de uma das etapas de investigação sobre a moeda digital da zona euro. Implementação pode chegar só no final de 2025.
O Banco Central Europeu (BCE) concluiu a primeira etapa da fase de investigação para a criação do euro digital, com a segurança dos utilizadores a ser a prioridade do supervisor de Frankfurt, de acordo com o comunicado publicado esta segunda-feira no site do BCE. A nova versão da moeda única poderá ser usada offline e através das contas dos clientes nos bancos comerciais e vai garantir a privacidade dos dados.
"O design do euro digital inclui uma funcionalidade offline que oferece aos utilizadores um nível de privacidade semelhante ao do dinheiro físico para pagamentos em lojas e transferências entre indivíduos", pode ler-se no relatório, que acrescenta ainda que, quando se utilizar a versão offline, ou seja, que se pode usar sem ligação à internet, apenas quem paga e quem recebe sabe dos detalhes da transação.
Para usar funcionalidade offline desta moeda digital, os utilizadores vão ter de carregar a carteira virtual previamente, através da aplicação online ou de um multibanco que permita o carregamento de euros digitais. Os pagamentos vão ser validados através de telemóveis ou cartões de pagamento, e apenas dependendo das duas partes envolvidas no pagamento (comprador e vendedor, no caso de uma compra) sem ser necessária a presença de uma terceira parte ou de um sistema centralizado.
O euro digital será usado através de uma carteira virtual, tal como acontece com outras moedas digitais, e poderá ser ligada à conta bancária que cada utilizador tem em bancos comerciais. Na sua versão online, o BCE garante uma segurança ainda maior face aos atuais métodos de pagamento. Vai ser possível utilizar a moeda através da carteira virtual no telemóvel ou mediante um cartão bancário inteligente, à semelhança do que já acontece atualmente.
Esta fase de preparação prevê que o uso desta moeda digital será gratuito e tem comissões mais baixas para os comerciantes e utilizadores, face ao modelo atual. Qualquer pessoa que viva na zona euro terá hipótese de criar uma conta de euro digital e o BCE conclui que limitar o número de contas por cidadão poderá ser o caminho a seguir, uma vez que vai permitir agilizar o processo de implementação, segundo o relatório.
O BCE começou a estudar a implementação do euro digital em outubro de 2021, tendo iniciado nesta data a fase de investigação, que durou dois anos. A partir de novembro do ano passado, iniciou a fase de preparação, que se prevê que dure até outubro de 2025. Para já, o supervisor concluiu a primeira fase desta etapa. No final de 2025, o BCE vai decidir se avança para o lançamento efetivo e experimentação do euro digital.
Ao Expresso, a diretora do euro digital no BCE disse em novembro do ano passado que a moeda pode ser usada em "tudo o que quisermos" mas admitia ser impossível impedir que fosse usada na compra de certos produtos.
Noutras geografias, as moedas digitais já estão a ser implementadas no dia a dia dos cidadãos. Acontece nas Bahamas, por exemplo, mas também a China está em experimentação desde antes dos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, que decorreram em 2022. Os EUA estão um passo atrás do BCE.
O Banco Central Europeu (BCE) concluiu a primeira etapa da fase de investigação para a criação do euro digital, com a segurança dos utilizadores a ser a prioridade do supervisor de Frankfurt, de acordo com o comunicado publicado esta segunda-feira no site do BCE. A nova versão da moeda única poderá ser usada offline e através das contas dos clientes nos bancos comerciais e vai garantir a privacidade dos dados.
"O design do euro digital inclui uma funcionalidade offline que oferece aos utilizadores um nível de privacidade semelhante ao do dinheiro físico para pagamentos em lojas e transferências entre indivíduos", pode ler-se no relatório, que acrescenta ainda que, quando se utilizar a versão offline, ou seja, que se pode usar sem ligação à internet, apenas quem paga e quem recebe sabe dos detalhes da transação.
Para usar funcionalidade offline desta moeda digital, os utilizadores vão ter de carregar a carteira virtual previamente, através da aplicação online ou de um multibanco que permita o carregamento de euros digitais. Os pagamentos vão ser validados através de telemóveis ou cartões de pagamento, e apenas dependendo das duas partes envolvidas no pagamento (comprador e vendedor, no caso de uma compra) sem ser necessária a presença de uma terceira parte ou de um sistema centralizado.
O euro digital será usado através de uma carteira virtual, tal como acontece com outras moedas digitais, e poderá ser ligada à conta bancária que cada utilizador tem em bancos comerciais. Na sua versão online, o BCE garante uma segurança ainda maior face aos atuais métodos de pagamento. Vai ser possível utilizar a moeda através da carteira virtual no telemóvel ou mediante um cartão bancário inteligente, à semelhança do que já acontece atualmente.
Esta fase de preparação prevê que o uso desta moeda digital será gratuito e tem comissões mais baixas para os comerciantes e utilizadores, face ao modelo atual. Qualquer pessoa que viva na zona euro terá hipótese de criar uma conta de euro digital e o BCE conclui que limitar o número de contas por cidadão poderá ser o caminho a seguir, uma vez que vai permitir agilizar o processo de implementação, segundo o relatório.
O BCE começou a estudar a implementação do euro digital em outubro de 2021, tendo iniciado nesta data a fase de investigação, que durou dois anos. A partir de novembro do ano passado, iniciou a fase de preparação, que se prevê que dure até outubro de 2025. Para já, o supervisor concluiu a primeira fase desta etapa. No final de 2025, o BCE vai decidir se avança para o lançamento efetivo e experimentação do euro digital.
Ao Expresso, a diretora do euro digital no BCE disse em novembro do ano passado que a moeda pode ser usada em "tudo o que quisermos" mas admitia ser impossível impedir que fosse usada na compra de certos produtos.
Noutras geografias, as moedas digitais já estão a ser implementadas no dia a dia dos cidadãos. Acontece nas Bahamas, por exemplo, mas também a China está em experimentação desde antes dos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, que decorreram em 2022. Os EUA estão um passo atrás do BCE.