O texto foi finalizado em 2019, após 20 anos de negociações, mas a Europa pediu um anexo sobre o Acordo de Paris e legislação laboral. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, está no Uruguai para assinar o acordo, contestado pela França, que vai criar um mercado de 700 milhões de pessoas.
Ursula von der Leyen chegou ontem ao Uruguai com o objetivo de fechar o acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - dizendo que a “meta está à vista”. O maior opositor a este acordo, que está a ser negociado há 25 anos, é o presidente francês, Emmanuel Macron, que disse ontem à presidente da Comissão Europeia que o projeto de entendimento é “inaceitável tal como está”.
“Aterrei na América Latina. A meta do acordo UE-Mercosul está à vista, vamos trabalhar, vamos cruzá-la”, escreveu Ursula von der Leyen na rede social X. A alemã salientou na mesma publicação que o bloco comunitário e latino-americano têm agora “oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas”, naquela que será “a maior parceria de comércio e investimento que o mundo já viu” e da qual “ambas as regiões beneficiarão”.
Os países do Mercosul estão reunidos em Montevideu para a sua 65.ª cimeira, tendo quatro fontes dos dois blocos envolvidas nas negociações garantido ontem à Reuters que o acordo está fechado e deverá ser anunciado hoje pelos líderes latino-americanos e von der Leyen. Na semana passada, negociadores dos dois blocos estiveram reunidos vários dias em Brasília para uma “última ronda técnica” antes de as negociação passar para um nível político.
“Conseguimos um acordo que é suficiente para os dois lados”, referiu ontem à Reuters uma das fontes sul-americanas. “Espera-se que seja assinado amanhã [hoje]”, acrescentou uma fonte do governo de Espanha. A confirmação foi também dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros uruguaio. “Um texto de acordo comum foi alcançado”, declarou Omar Paganini, sublinhando que “a presença de von der Leyen mostra o sucesso das negociações”.
O texto do acordo de associação UE-Mercosul foi finalizado em 2019, após 20 anos de negociações, mas o bloco comunitário pediu então para acrescentar um anexo no qual exige mais garantias dos países latino-americanos de que respeitarão o Acordo de Paris e a legislação laboral internacional, questões que já estavam contidas no documento.
Em setembro, Portugal, Espanha e Alemanha, aos quais se juntaram oito outros países (Croácia, Dinamarca, Finlândia, Letónia, Suécia, República Checa, Estónia e o Luxemburgo), pediram à presidente da Comissão Europeia uma “rápida conclusão das negociações até ao final de 2024” entre a UE e o Mercosul para um acordo comercial com base em compromissos adicionais.
Ontem, a Comissão para o Comércio do Parlamento Europeu considerou que acordo vai ser uma “luz de esperança” para o bloco comunitário, já que criará mais oportunidades de exportação. E lembrou que, na eventualidade de ser concluído, os eurodeputados terão de “fazer uma avaliação do acordo e rever o documento à luz do compromisso com a sustentabilidade e direitos laborais”.
Ursula von der Leyen chegou ontem ao Uruguai com o objetivo de fechar o acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - dizendo que a “meta está à vista”. O maior opositor a este acordo, que está a ser negociado há 25 anos, é o presidente francês, Emmanuel Macron, que disse ontem à presidente da Comissão Europeia que o projeto de entendimento é “inaceitável tal como está”.
“Aterrei na América Latina. A meta do acordo UE-Mercosul está à vista, vamos trabalhar, vamos cruzá-la”, escreveu Ursula von der Leyen na rede social X. A alemã salientou na mesma publicação que o bloco comunitário e latino-americano têm agora “oportunidade de criar um mercado de 700 milhões de pessoas”, naquela que será “a maior parceria de comércio e investimento que o mundo já viu” e da qual “ambas as regiões beneficiarão”.
Os países do Mercosul estão reunidos em Montevideu para a sua 65.ª cimeira, tendo quatro fontes dos dois blocos envolvidas nas negociações garantido ontem à Reuters que o acordo está fechado e deverá ser anunciado hoje pelos líderes latino-americanos e von der Leyen. Na semana passada, negociadores dos dois blocos estiveram reunidos vários dias em Brasília para uma “última ronda técnica” antes de as negociação passar para um nível político.
“Conseguimos um acordo que é suficiente para os dois lados”, referiu ontem à Reuters uma das fontes sul-americanas. “Espera-se que seja assinado amanhã [hoje]”, acrescentou uma fonte do governo de Espanha. A confirmação foi também dada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros uruguaio. “Um texto de acordo comum foi alcançado”, declarou Omar Paganini, sublinhando que “a presença de von der Leyen mostra o sucesso das negociações”.
O texto do acordo de associação UE-Mercosul foi finalizado em 2019, após 20 anos de negociações, mas o bloco comunitário pediu então para acrescentar um anexo no qual exige mais garantias dos países latino-americanos de que respeitarão o Acordo de Paris e a legislação laboral internacional, questões que já estavam contidas no documento.
Em setembro, Portugal, Espanha e Alemanha, aos quais se juntaram oito outros países (Croácia, Dinamarca, Finlândia, Letónia, Suécia, República Checa, Estónia e o Luxemburgo), pediram à presidente da Comissão Europeia uma “rápida conclusão das negociações até ao final de 2024” entre a UE e o Mercosul para um acordo comercial com base em compromissos adicionais.
Ontem, a Comissão para o Comércio do Parlamento Europeu considerou que acordo vai ser uma “luz de esperança” para o bloco comunitário, já que criará mais oportunidades de exportação. E lembrou que, na eventualidade de ser concluído, os eurodeputados terão de “fazer uma avaliação do acordo e rever o documento à luz do compromisso com a sustentabilidade e direitos laborais”.