A ESA acaba de detetar pequenos objetos escuros, que se assemelham a aranhas, na superfície de Marte. Estes objetos formam-se quando o sol da primavera incide sobre camadas de dióxido de carbono depositadas durante os meses escuros de inverno. A luz do sol faz com que o gelo de dióxido de carbono no fundo da camada se transforme em gás, que subsequentemente se acumula e rompe as placas de gelo sobrepostas. O gás liberta-se na primavera marciana e arrasta material escuro para a superfície, quebrando camadas de gelo até um metro de espessura.
De recordar que existe uma entidade nacional a trabalhar na exploração de Marte: o ISQ. Trata-se um desenvolvimento para a Agência Espacial Europeia (ESA), coordenado pela Amorim, que conta com a participação do ISQ, do PIEP e da Critical Materials. O resultado já foi validado pela ESA e teve como objetivo o desenvolvimento do sistema de proteção térmica de uma cápsula que irá trazer amostras de solo marciano para serem analisados na Terra. O ISQ foi responsável pelos testes de desenvolvimento e testes de validação final do demonstrador, executados no seu Laboratório de Ensaios Especiais em Castelo Branco.
Trata-se de uma solução de engenharia portuguesa que pega na cortiça junta-lhe engenharia e inovação e cria uma cápsula de reentrada atmosférica inovadora que promete ser uma referência em novos desenvolvimentos para missões espaciais.
A engenharia portuguesa oferece assim à ESA uma solução mais simples, mais leve, 25% abaixo do peso máximo exigido, e com garantia de redução dos custos de produção.
A data de lançamento proposta para a sonda é 2026. A missão durará cerca de cinco anos e irá trazer rególitos (amostras de solo) de Marte.
O objetivo das duas missões, Mars Sample Return (NASA e ESA) e Phootprint- Phobos Sample Return (ESA), é o de enviar sondas para Marte, recolher o rególito marciano e de seguida transportá-lo para o planeta Terra.