Não foi a democracia que causou o choque, mas houve um choque. O economista Ricardo Reis, professor de Economia na London School of Economics, recorda que Portugal enfrentou três crises entre 1973 e 1978, enquanto o regime democrático se consolidava e o país se preparava para acelerar a abertura aos mercados externos.
Os anos 70 foram um período único na história portuguesa. Talvez nem fosse preciso lembrá-lo, e há razões sociais, económicas e políticas que o confirmam. Para o economista Ricardo Reis, professor na London School of Economics e titular da cátedra A.W. Phillips, há sobretudo três fatores que marcam a economia deste período: a crise petrolífera de 1973 e, já depois da Revolução de Abril, a absorção de cerca de 80.000 funcionários públicos regressados das ex-colónias e a coletivização de setores da indústria e da agricultura.
"Três crises numa só" é o título do capítulo dedicado ao período de 1973 a 1978 no estudo "Crises da Economia Portuguesa, de 1910 a 2022", coordenado por Ricardo Reis e publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Mas quais foram as causas dessas crises? "Não foi a democracia que causou o choque, foi a crise petrolífera, a absorção de funcionários públicos, e a coletivização de setores da indústria e da agricultura, feitas a quente e sem planeamento," responde Ricardo Reis.
Os anos 70 foram um período único na história portuguesa. Talvez nem fosse preciso lembrá-lo, e há razões sociais, económicas e políticas que o confirmam. Para o economista Ricardo Reis, professor na London School of Economics e titular da cátedra A.W. Phillips, há sobretudo três fatores que marcam a economia deste período: a crise petrolífera de 1973 e, já depois da Revolução de Abril, a absorção de cerca de 80.000 funcionários públicos regressados das ex-colónias e a coletivização de setores da indústria e da agricultura.
"Três crises numa só" é o título do capítulo dedicado ao período de 1973 a 1978 no estudo "Crises da Economia Portuguesa, de 1910 a 2022", coordenado por Ricardo Reis e publicado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. Mas quais foram as causas dessas crises? "Não foi a democracia que causou o choque, foi a crise petrolífera, a absorção de funcionários públicos, e a coletivização de setores da indústria e da agricultura, feitas a quente e sem planeamento," responde Ricardo Reis.