Com um volume de negócios de 31.499 milhões de euros em 2022, a fileira Agroalimentar portuguesa é constituída por um conjunto de atividades relacionadas com a produção e a transformação de matérias-primas em bens alimentares ou bebidas, bem como a sua disponibilização ao consumidor final, mais especificamente a agricultura, as pescas, as indústrias transformadoras (alimentares e bebidas) e as indústrias extrativas (sal).
Esta indústria é composta por cerca de 126.810 empresas e 307.101 colaboradores, que se diferenciam pela sua elevada qualidade e capacidade técnica.
Em 2023, as exportações da fileira Agroalimentar totalizaram 9,954 mil milhões de euros representando 12,83% das exportações totais portuguesas de bens e um crescimento de 6,5% face ao ano anterior, demonstrando a relevância do setor agroalimentar para a economia e a competitividade do país.
Portugal exportou para 177 mercados em 2023, representando os cinco principais mercados (Espanha, França, Brasil, Países Baixos e Reino Unido) cerca de 58,95% das exportações totais do setor. Os produtos agrícolas (azeite, vinho, frutas, hortícolas), são os mais exportados, em comparação com os outros produtos alimentares transformados (conservas de peixe, tomate em conserva, sumos de fruta).

Os produtos da fileira Agroalimentar são genuinamente portugueses, com um nível de competitividade elevado e crescente nos mercados externos. Alguns produtos exclusivamente produzidos em Portugal estão fortemente associados a hábitos alimentares saudáveis.
Esta indústria cumpre todos os sistemas de segurança alimentar, refletindo-se na confiança cada vez mais expressiva de novos consumidores e em novos mercados. Investiu também no rebranding das marcas e na imagem dos seus produtos, tornando-os mais apelativos para o consumidor.
Sustentabilidade e inovação

As inovações tecnológicas e a sustentabilidade transformam o setor agroalimentar. Digitalização, inovações científicas, conhecimento e certificação ecológica do produto facilitam o comércio internacional mais rápido, com maior acesso ao mercado e inclusão, maior segurança alimentar ao longo das cadeias alimentares e redução vulnerabilidades à fraude.
O impacto no agroalimentar será essencialmente económico, principalmente nos players e aos mercados de exportação. Estes são os momentos em que as organizações se reinventam, adaptando-se às novas necessidades dos consumidores, ajustando os produtos e a oferta e colocando novo conhecimento ao serviço da sua atividade.