O ministro da Economia definiu os principais mercados onde vai procurar atrair investidores para Portugal.
A lista não é fechada, mas tem prioridades assumidas sem hesitações. Pedro Reis vai estar na estrada uma semana por mês.
A experiência ganha por Pedro Reis na AICEP, a que presidiu entre dezembro de 2011 e abril de 2014, foi de tal maneira definidora do perfil político do ministro da Economia que sobravam poucas dúvidas sobre o rumo que iria dar a uma pasta historicamente menorizada face ao Ministério das Finanças. Em vez de ser mais um centro de custos no Governo, como tantos outros ministros, Pedro Reis pôs sobre a mesa do primeiro-minis- tro uma estratégia mais ousada e talvez mais rentável para o país: tornar-se um centro de receita, isto é, colocar a atração de investimento estrangeiro no centro das operações. "Estou convencido de que esta é mesmo a peça mais importante que ainda falta pôr a funcionar plenamente na economia portuguesa", diz ao Jornal Económico.
Não se trata de desvalorizar os restantes dossiês, sublinha o ministro, mas de concentrar uma parte relevante da sua energia nos contactos internacionais com governos e investidores. "Naturalmente, temos de ultrapassar a fase em que nos encontramos. Temos de resolver a questão do Orçamento do Estado, temos de conseguir estabilidade política, temos de pôr em dia os pagamentos do PRR e do Portugal 2030, sem esquecer a dinamização da Concertação Social. Mas esta quadro é apenas o nosso ponto de partida. O salto quântico vem a seguir", afirma.
Os olhos de Pedro Reis estão postos num mapa do mundo e nos relatórios internacionais que ajudam a converter as diferentes geografias em oportunidades de negócio. "O investimento externo é um motor fundamental, porque é uma poderosa roldana que faz mexer as exportações, a qualificação das pessoas e até a nossa economia interna", diz. Fortalecer a presença do capital estrangeiro em Portugal significa dar condições aos que já aqui estão para que possam expandir-se, mas também trazer novas empresas.
Este trabalho será feita em parceria com a AICEP, liderada por Ricardo Arroja, embora não haja sobreposição: o ministro desbrava o terreno, faz os contactos institucionais que dão o pontapé de saída e a AICEP leva a carta a Garcia organizando visitas e missões em território nacional ou fora.
Desde que agarrou a pasta, o ministro já foi a Angola, China e Macau, Espanha e Catar. Este mês irá à Alemanha, onde terá reuniões com o ministro da Economia, mas também com os CEO e accionistas de grandes empresas, fundos de investimento, sem
esquecer as poderosas companhias de origem e controlo familiar que formam a espinha dorsal da economia alemã. "O processo é idêntico; além dos contatos políticos, tenho sempre uma agenda recheada de reuniões com investidores e empresários. É neste troca de informação que passamos da teoria à prática", explica.
Todos os meses, pelo menos os uma semana do ministro será absorvida por esta dinâmica comercial internacional. Os alvos estão escolhidos, embora não seja uma lista fechada. Além da Alemanha, França e Reino Unido, o investimento americano está no topo da agenda ao lado da Coreia do Sul, Japão e dos países árabes, como o Catar, Arábia Saudita e os Emirados. "Estes países têm grandes carteiras de investimento, estão a diversificar e nós temos boas oportunidades. Não temos uma lista de destinos fechada. Seria um disparate. Brasil e China são inevitáveis... e nós temos uma estrutura que tem de ter esta flexibilidade. Dito isto, convém estabelecer prioridades", diz Pedro Reis.
O ministro tem noção de que não está a inventar a roda e que o êxito da operação depende de vários factores internos e externos. "Seja como for, vamos a jogo. Vamos competir e ver os resultados. Vai demorar tempo, mas 2025 será seguramente o ponto de partida", conclui.
As áreas e as jóias
Verde Tudo o que tem a ver com mobilidade, renováveis, descarbonizaçãom e florestas tem, segundo Pedroi Reis, um forte poder de atração de capotai estrangeiro.
Azul O mar, obviamente, faz parte do cardápio português: shipping, tudo o que tem a ver com a bio-economia e a indústria são pontos fortes. "Queremos ter mais indústria."
Serviços partilhados e etc
A ambição é ter mais centros de investigação, mais data- -centers e tecnologia, além de desenvolver melhor a área imobiliária e o que está à volta.
A lista não é fechada, mas tem prioridades assumidas sem hesitações. Pedro Reis vai estar na estrada uma semana por mês.
A experiência ganha por Pedro Reis na AICEP, a que presidiu entre dezembro de 2011 e abril de 2014, foi de tal maneira definidora do perfil político do ministro da Economia que sobravam poucas dúvidas sobre o rumo que iria dar a uma pasta historicamente menorizada face ao Ministério das Finanças. Em vez de ser mais um centro de custos no Governo, como tantos outros ministros, Pedro Reis pôs sobre a mesa do primeiro-minis- tro uma estratégia mais ousada e talvez mais rentável para o país: tornar-se um centro de receita, isto é, colocar a atração de investimento estrangeiro no centro das operações. "Estou convencido de que esta é mesmo a peça mais importante que ainda falta pôr a funcionar plenamente na economia portuguesa", diz ao Jornal Económico.
Não se trata de desvalorizar os restantes dossiês, sublinha o ministro, mas de concentrar uma parte relevante da sua energia nos contactos internacionais com governos e investidores. "Naturalmente, temos de ultrapassar a fase em que nos encontramos. Temos de resolver a questão do Orçamento do Estado, temos de conseguir estabilidade política, temos de pôr em dia os pagamentos do PRR e do Portugal 2030, sem esquecer a dinamização da Concertação Social. Mas esta quadro é apenas o nosso ponto de partida. O salto quântico vem a seguir", afirma.
Os olhos de Pedro Reis estão postos num mapa do mundo e nos relatórios internacionais que ajudam a converter as diferentes geografias em oportunidades de negócio. "O investimento externo é um motor fundamental, porque é uma poderosa roldana que faz mexer as exportações, a qualificação das pessoas e até a nossa economia interna", diz. Fortalecer a presença do capital estrangeiro em Portugal significa dar condições aos que já aqui estão para que possam expandir-se, mas também trazer novas empresas.
Este trabalho será feita em parceria com a AICEP, liderada por Ricardo Arroja, embora não haja sobreposição: o ministro desbrava o terreno, faz os contactos institucionais que dão o pontapé de saída e a AICEP leva a carta a Garcia organizando visitas e missões em território nacional ou fora.
Desde que agarrou a pasta, o ministro já foi a Angola, China e Macau, Espanha e Catar. Este mês irá à Alemanha, onde terá reuniões com o ministro da Economia, mas também com os CEO e accionistas de grandes empresas, fundos de investimento, sem
esquecer as poderosas companhias de origem e controlo familiar que formam a espinha dorsal da economia alemã. "O processo é idêntico; além dos contatos políticos, tenho sempre uma agenda recheada de reuniões com investidores e empresários. É neste troca de informação que passamos da teoria à prática", explica.
Todos os meses, pelo menos os uma semana do ministro será absorvida por esta dinâmica comercial internacional. Os alvos estão escolhidos, embora não seja uma lista fechada. Além da Alemanha, França e Reino Unido, o investimento americano está no topo da agenda ao lado da Coreia do Sul, Japão e dos países árabes, como o Catar, Arábia Saudita e os Emirados. "Estes países têm grandes carteiras de investimento, estão a diversificar e nós temos boas oportunidades. Não temos uma lista de destinos fechada. Seria um disparate. Brasil e China são inevitáveis... e nós temos uma estrutura que tem de ter esta flexibilidade. Dito isto, convém estabelecer prioridades", diz Pedro Reis.
O ministro tem noção de que não está a inventar a roda e que o êxito da operação depende de vários factores internos e externos. "Seja como for, vamos a jogo. Vamos competir e ver os resultados. Vai demorar tempo, mas 2025 será seguramente o ponto de partida", conclui.
As áreas e as jóias
Verde Tudo o que tem a ver com mobilidade, renováveis, descarbonizaçãom e florestas tem, segundo Pedroi Reis, um forte poder de atração de capotai estrangeiro.
Azul O mar, obviamente, faz parte do cardápio português: shipping, tudo o que tem a ver com a bio-economia e a indústria são pontos fortes. "Queremos ter mais indústria."
Serviços partilhados e etc
A ambição é ter mais centros de investigação, mais data- -centers e tecnologia, além de desenvolver melhor a área imobiliária e o que está à volta.