Portugal tem vindo a criar condições para desenvolver uma aquacultura moderna e apresenta vantagens competitivas na produção de peixes planos, de bivalves e algas, e também de robalo e dourada. A produção de salmão em larga escala, na costa Norte, também tem suscitado o interesse de investidores.
Às condições geográficas e vasta costa junta-se uma rede de conhecimento e de serviços de apoio com potencial para promover o desenvolvimento da aquacultura em Portugal.
A produção anual por aquacultura ainda não chega às 20.000 toneladas, bem menos de 5 por cento do consumo nacional de pescado, longe de sugerir a potência emergente que Portugal poderá vir a ser. O potencial da aquacultura, da amêijoa até às algas, passando por várias espécies de peixes, é imenso, e Portugal tem condições para corrigir o paradoxo de figurar entre os países com maior consumo de peixe e, ao mesmo tempo, importar dois terços do que consome. Os hábitos alimentares não mudaram, e o consumo de peixe é, aliás, recomendável numa dieta equilibrada. O desenvolvimento duma aquacultura moderna surge, justamente, como oportunidade para Portugal de compensar o declínio do setor das pescas a nível europeu, contribuindo com produção de qualidade em aquacultura.