O PBDH visa acelerar a transformação digital e ambiental das PME, start-ups e organizações públicas da Economia Azul portuguesa.
“Oportunidades de investimento na economia azul, inovação enquanto fator de desenvolvimento e a utilização de tecnologias baseadas em Inteligência Artificial, que não só digitalizam, mas também descarbonizam e suportam a circularidade nas cadeias de fornecimento das start-ups, PMEs e organizações do setor público”, foram alguns dos temas debatidos na sessão de lançamento do programa Portugal Blue Digital Hub (PBDH), um projeto liderado pelo Fórum Oceano – Cluster da Economia Azul de Portugal, que teve a sessão de kick-off público na última quarta-feira, inserida no evento internacional Digital With Purpose Global Summit 2024, no Centro de Congressos do Estoril.
Carlos Pinho, Lead Manager do projeto PBDH explicou que “um dos grandes desafios – e oportunidade – do projeto é dinamizar os ecossistemas de inovação e abri-los para uma nova geração de empreendedores, que irão construir um novo cluster da economia azul em Portugal e na União Europeia”.
“Esse novo cluster deverá estar alinhado com as metas traçadas para a Europa em 2050, suportado por várias transições globais simultâneas a que já estamos a assistir”, acrescentou.
O responsável pelo projeto diz ainda que o PBDH permitirá que “empresas e entidades públicas acedam a uma vasta gama de serviços, incluindo formação, consultoria e apoio especializado, locais de teste e validação, aceleração empresarial e apoio ao financiamento. Ao mesmo tempo, estaremos a incentivar o desenvolvimento de novas soluções tecnológicas que promovam a descarbonização e a economia circular, com um foco especial na inteligência artificial, procurando capacitar as empresas e as entidades públicas para tirar o melhor partido dessas novas soluções”.
Já Carlos Costa Pina, presidente do Fórum Oceano, realçou que “o uso sustentável da água, bem como a gestão competitiva do mar, exigem tecnologia e, neste âmbito, o PBDH é o projeto que responde a este desafio, mas de forma colaborativa baseada numa vasta rede de parceiros, numa perspetiva holística capaz de atuar nos mais diversos aspetos e necessidades da Economia Azul”.
A sessão foi encerrada por Luís Guerreiro, presidente do IAPMEI, que considerou o PBDH “um exemplo muito importante das coisas em que somos bons em Portugal” e “do que podemos conquistar se trabalharmos em conjunto, se reunirmos empresas, institutos técnicos, universidades e todos os agentes”, pois é assim que se consegue “rentabilizar as ideias e criar riqueza”.