A ESA acaba de detetar pequenos objectos escuros, que se assemelham a aranhas, na superfície de Marte.
Estes objetos formam-se quando o sol da primavera incide sobre camadas de dióxido de carbono depositadas durante os meses escuros de inverno. A luz do sol faz com que o gelo de dióxido de carbono no fundo da camada se transforme em gás, que subsequentemente se acumula e rompe as placas de gelo sobrepostas. O gás liberta-se na primavera marciana e arrasta material escuro para a superfície, quebrando camadas de gelo até um metro de espessura.
O gás emergente, carregado de poeira escura, dispara através de fissuras no gelo sob a forma de fontes altas ou géiseres antes de voltar a cair e assentar na superfície. Isto cria manchas escuras de 45 m a 1 km de diâmetro. Este mesmo processo cria padrões característicos em forma de aranha gravados por baixo do gelo - e por isso estas manchas escuras são um sinal revelador de que que as aranhas podem estar a espreitar por baixo.
De recordar que existe uma entidade nacional a trabalhar na exploração de Marte: o ISQ. Trata-se um desenvolvimento para a Agência Espacial Europeia (ESA), coordenado pela Amorim, que conta com a participação do ISQ, do PIEP e da Critical Materials. O resultado já foi validado pela ESA e teve como objetivo o desenvolvimento do sistema de proteção térmica de uma cápsula que irá trazer amostras de solo marciano para serem analisados na Terra. O ISQ foi responsável pelos testes de desenvolvimento e testes de validação final do demonstrador, executados no seu Laboratório de Ensaios Especiais em Castelo Branco.

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Inovação
ESA traz novidades sobre vida em Marte
Uma entidade nacional a trabalhar na exploração de Marte: o ISQ.
ESA/AICEP
14 mai. 2024