O choque energético de 2022 representou um desafio existencial para o modelo de crescimento baseado na exportação e na indústria transformadora da Alemanha, levando os mais pessimistas a recear que sem energia barata a Alemanha entrasse num declínio estrutural, quer da sua base industrial, quer dos seus excedentes comerciais. Por sua vez, os otimistas defendiam que o modelo se adaptaria ao aumento dos preços da energia.
De acordo com dados divulgados pelo Deutsche Bank é um pouco de ambos: a base industrial está a definhar, mas o excedente comercial a sobreviver.
O choque energético de 2022 desencadeou uma mudança na cadeia de valor industrial da Alemanha de atividades baseadas no volume e intensivas em energia para atividades de alta tecnologia e de alta margem.