De acordo com o Eco, a fabricante de aviões, que quer chegar aos 350 trabalhadores até ao final do ano, vai expandir a superfície industrial em cerca de 30% para dar resposta aos pedidos da Airbus.
A Airbus Atlantic Portugal, que prevê atingir 350 trabalhadores no final de 2024, vai expandir a fábrica de Santo Tirso, aumentando a área de produção em cerca de 30%. Esta expansão da superfície industrial em 5.500 metros quadrados visa dar resposta ao crescimento dos programas da Airbus. Da unidade da multinacional francesa localizada na unidade na zona industrial da Ermida, que tem vindo a ganhar importância estratégica no grupo, saem atualmente secções de fuselagem para as famílias de aviões A320 e A350.
O concurso para a expansão do edifício será lançado em setembro e o início das obras está previsto para o primeiro trimestre de 2025, avançou a multinacional francesa em comunicado, acrescentando que espera que a nova área de produção esteja operacional no primeiro trimestre de 2026.
Esta expansão, diz a empresa, tem por objetivo dar resposta ao crescimento significativo dos programas da Airbus, num momento em que a Airbus Atlantic Portugal é responsável pela produção de peças para os aviões A320 e A350.
“Com esta extensão, a Airbus Atlantic reafirma a sua confiança e reconhecimento das competências de Portugal no fabrico de estruturas aeronáuticas. Esta iniciativa desempenhará um papel fundamental no apoio à nossa competitividade e complementará a nossa presença industrial global”, afirmou Eric Belloc, Diretor Geral da Airbus Atlantic Portugal, citado em comunicado.
Atualmente, as instalações da empresa, que emprega 300 pessoas e continua a contratar, ocupam cerca de 20.000 metros quadrados num terreno de 7,2 hectares na zona industrial da Ermida, em Santo Tirso.
A fábrica da Airbus Atlantic Portugal é estratégica para o grupo Airbus e tem vindo a contribuir cada vez mais para a produção da gigante da aeronáutica. Em Santo Tirso são atualmente produzidos 17 diferentes painéis para os aviões da Airbus — 16 para a família A320 e um para o A350, as chamadas “bochechas” do avião.
No final de cada semana, as peças produzidas — 40 a 50 painéis — são enviadas para França, em barcos próprios da multinacional francesa, através do porto de Viana do Castelo — o de Leixões ainda foi analisado, mas tinha maiores constrangimentos, o que levou a empresa a optar pelo do Alto Minho. As peças mais pequenas seguem para a fábrica de Méaulte. Para Rochefort são enviados os grandes painéis, e Montoir-de-Bretagne é o destino da barca (parte inferior da carga do avião) agora produzida em Santo Tirso.
Ainda antes da expansão da área de produção, a empresa vai aumentar o espaço da fábrica já em setembro. “Vamos expandir a fábrica para o armazém. Vamos mudar o armazém para um novo edifício e vamos usar essa área para novos projetos”, explicou o diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal, em maio, em entrevista ao ECO. “Já estamos a aumentar o espaço”, referiu.
Além do aumento do espaço, a empresa continua a investir em novas máquinas para entregar os melhores resultados e garantir que a subsidiária da gigante francesa continua a reforçar o seu peso no grupo.