Contudo, o crescimento das oportunidades não se materializou num aumento do número de investimentos nem do volume investido na primeira metade do ano. Mais de metade dos inquiridos, 62% e 59%, respetivamente, revela que os investimentos feitos neste período e o volume investido ficaram abaixo dos realizados no último semestre de 2023, e cerca de um terço afirma que teve maior dificuldade em levantar capital e menos oportunidades de desinvestimento (exit) em comparação com o semestre anterior.
O sentimento dos investidores relativamente à atividade de investimento early stage nos primeiros seis meses do ano é positivo para a maioria (74%) dos investidores nacionais, tendo crescido 27 pontos percentuais (pp.) face ao semestre anterior. As políticas públicas para o setor são insatisfatórias para mais de metade (58%) dos inquiridos, o que representa uma diminuição de 21 pp. em relação ao último semestre de 2023, demonstrando uma ligeira melhoria neste parâmetro, com 41% a admitir que são positivas. A garantia de estabilidade na legislação para o setor e o estabelecimento de linhas de investimento para apoiar os business angels são algumas das medidas sugeridas pelos investidores para melhorar as políticas existentes.
Face à execução do primeiro semestre de 2024, 74% dos inquiridos está otimista quanto à quantidade de novos investimentos a concretizar na segunda metade do ano, e mais de um terço tem expectativas positivas quanto ao volume a investir. Além disso, mais de dois terços (68%) dos investidores conjetura uma evolução positiva das oportunidades de exit nos próximos seis meses.
O “Barómetro do Investimento Early Stage” relativo ao primeiro semestre de 2024 é baseado num inquérito realizado junto de uma amostra que representa cerca de 30% do ecossistema do investimento early stage em Portugal tendo como objetivo compreender melhor o ecossistema e as suas necessidades, bem como traçar tendências e definir estratégias.