Portugal pode afirmar-se como plataforma atlântica num tempo em que a cooperação entre continentes se torna um eixo estratégico para a economia, a política e a inovação. É este o objetivo do EuroAmericas. A edição deste ano, centrada na longevidade enquanto motor económico, volta a juntar decisores, académicos e empresas, reforçando o posicionamento do país no diálogo transatlântico.
António Calçada de Sá, presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa, diz ao Jornal Económico que o balanço da primeira edição superou amplamente as expectativas. "Demonstrou que há um espaço concreto e necessário para um diálogo estruturado entre a Europa e as Américas", afirma, salientando que a capacidade para "criar pontes e promover entendimento" é uma oportunidade para Portugal exercer influência e gerar novos fluxos económicos.
A segunda edição procura dar um passo adiante. "Pretendemos consolidar o EuroAmericas como um fórum de referência global", diz. A longevidade, o tema escolhido, "abrange a resiliência económica, institucional e social", e obriga a pensar políticas públicas, empresas e infraestruturas capazes de "resistir ao tempo e beneficiar as próximas gerações".
A ambição não é apenas conceptual. "Não basta falar, é preciso fazer. Não basta prometer, é preciso cumprir", afirma ao Jornal Económico. O objectivo é anunciar memorandos, parcerias empresariais, acordos académicos e iniciativas de investimento conjunto. Entre as prioridades está a criação de uma rede transatlântica de inovação, ligando universidades, centros de investigação e startups em ambos os continentes.
O EuroAmericas distingue-se também por não ser um evento sectorial. "É um espaço de convergência", sublinha Calçada de Sá, juntando líderes políticos, empresariais e científicos para construir uma perspetiva holística sobre a evolução do Atlântico. E é, sublinha, um projeto português: "Portugal tem uma vocação histórica de diálogo e cooperação, e o Fórum é a expressão moderna dessa identidade".
Instrumento de 'soft power'
Em Portugal, o Conselho da Diáspora tem vindo a transformar-se. Calçada de Sá destaca a criação dos núcleos regionais e dos centros de competência, estruturas que geram "uma dinâmica muito mais participativa e orientada para resultados". A maior novidade é, porém, a Diáspora Jovem, hoje com mais de duas dezenas de membros. "Esta juventude, com menos de 35 anos, tem trazido dinamismo e são uma força essencial à progressão do Conselho", aponta. A articulação institucional também ganha peso, com o Conselho da Diáspora reconhecido como organização não-governa- mental para o desenvolvimento e com ligações reforçadas ao Conselho das Comunidades Portuguesas. Calçada de Sá sublinha o potencial desta rede alargada: "Portugal tem um ativo valiosíssimo, hoje subvalorizado: uma diáspora qualificada, global e influente". E acrescenta que, se bem mobilizada pode ser "o maior instrumento de sofr power nacional".
Nas PME e nas startups, esse potencial traduz-se em vantagem competitiva. "Trabalhamos para abrir portas às empresas portuguesas e lusófonas, sobretudo às PME", diz. O EuroAmericas funciona, nesse sentido, como extensão natural dessa missão: criar contactos diretos com investidores, acelerar processos de internacionalização e capacitar empresas para operarem num mercado global.
Com esta segunda edição, o EuroAmericas afirma-se como plataforma de ação. Portugal ganha um palco para projetar influência, ativar redes e posicionar-se num Atlântico onde inovação, energia, mobilidade global e longevidade redefinem a economia. O desafio agora, conclui Calçada de Sá, é transformar influência em impacto e "orgulho em ação".
António Calçada de Sá, presidente do Conselho da Diáspora Portuguesa, diz ao Jornal Económico que o balanço da primeira edição superou amplamente as expectativas. "Demonstrou que há um espaço concreto e necessário para um diálogo estruturado entre a Europa e as Américas", afirma, salientando que a capacidade para "criar pontes e promover entendimento" é uma oportunidade para Portugal exercer influência e gerar novos fluxos económicos.
A segunda edição procura dar um passo adiante. "Pretendemos consolidar o EuroAmericas como um fórum de referência global", diz. A longevidade, o tema escolhido, "abrange a resiliência económica, institucional e social", e obriga a pensar políticas públicas, empresas e infraestruturas capazes de "resistir ao tempo e beneficiar as próximas gerações".
A ambição não é apenas conceptual. "Não basta falar, é preciso fazer. Não basta prometer, é preciso cumprir", afirma ao Jornal Económico. O objectivo é anunciar memorandos, parcerias empresariais, acordos académicos e iniciativas de investimento conjunto. Entre as prioridades está a criação de uma rede transatlântica de inovação, ligando universidades, centros de investigação e startups em ambos os continentes.
O EuroAmericas distingue-se também por não ser um evento sectorial. "É um espaço de convergência", sublinha Calçada de Sá, juntando líderes políticos, empresariais e científicos para construir uma perspetiva holística sobre a evolução do Atlântico. E é, sublinha, um projeto português: "Portugal tem uma vocação histórica de diálogo e cooperação, e o Fórum é a expressão moderna dessa identidade".
Instrumento de 'soft power'
Em Portugal, o Conselho da Diáspora tem vindo a transformar-se. Calçada de Sá destaca a criação dos núcleos regionais e dos centros de competência, estruturas que geram "uma dinâmica muito mais participativa e orientada para resultados". A maior novidade é, porém, a Diáspora Jovem, hoje com mais de duas dezenas de membros. "Esta juventude, com menos de 35 anos, tem trazido dinamismo e são uma força essencial à progressão do Conselho", aponta. A articulação institucional também ganha peso, com o Conselho da Diáspora reconhecido como organização não-governa- mental para o desenvolvimento e com ligações reforçadas ao Conselho das Comunidades Portuguesas. Calçada de Sá sublinha o potencial desta rede alargada: "Portugal tem um ativo valiosíssimo, hoje subvalorizado: uma diáspora qualificada, global e influente". E acrescenta que, se bem mobilizada pode ser "o maior instrumento de sofr power nacional".
Nas PME e nas startups, esse potencial traduz-se em vantagem competitiva. "Trabalhamos para abrir portas às empresas portuguesas e lusófonas, sobretudo às PME", diz. O EuroAmericas funciona, nesse sentido, como extensão natural dessa missão: criar contactos diretos com investidores, acelerar processos de internacionalização e capacitar empresas para operarem num mercado global.
Com esta segunda edição, o EuroAmericas afirma-se como plataforma de ação. Portugal ganha um palco para projetar influência, ativar redes e posicionar-se num Atlântico onde inovação, energia, mobilidade global e longevidade redefinem a economia. O desafio agora, conclui Calçada de Sá, é transformar influência em impacto e "orgulho em ação".