Depois de ter andado às compras por várias geografias, agora a multinacional espanhola está de olhos postos em Portugal. Presente no país há 25 anos, por cá, tem uma equipa que já ultrapassa as mil pessoas.
Nexus, Simumak, SIA, Deimus e, mais recentemente, a Hispasat Imparável, o espanhol grupo Indra tem tido uma lista de compras extensa nos últimos três anos e, para 2025, a multinacional espanhola de tecnologia e consultoria apontou a mira a Portugal. Há aquisições a serem negociadas de forma a que a lndra possa consolidar a sua posição como um dos principais 'players' tecnológicos na Península Ibérica e reforçar ainda a sua presença nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Com mais de 25 anos de história em solo português e uma equipa que ultrapassa mil colaboradores, a operar sob a marca Minsait, a empresa continua a expandir- se, com um aumento superior a 30% na carteira de projetos contratados entre 2023 e 2024 e um crescimento de quase 10% na execução de serviços. Para este ano, ambicionam números semelhantes.
A expansão por cá está alinhada com o plano "Leading the Future" da empresa. Segundo Vasco Mendes de Almeida, responsável pela operação no país e nos PALOP, Portugal é uma geografia essencial para a empresa: "Estamos a analisar oportunidades de crescimento tanto orgânico como inorgânico, avaliando aquisições que reforcem as nossas capacidades e posicionamento no mercado."
Entre as compras recentes, algumas obrigaram a reajustes na operação portuguesa, como é o caso da Deimos, uma empresa especializada em soluções aeroespaciais, e da SLA, focada em cibersegurança. "A compra da Deimos tem impacto direto em Portugal, pois a empresa tem operação cã. A aquisição da SIA também pode trazer oportunidades", adianta o responsável em entrevista ao Negócios.
Portugal é peça-chave
Por agora, Portugal tornou-se um alvo também para a concretização de novas aquisições. Vasco Mendes de Almeida espera ter novidades concretas ainda no primeiro semestre deste ano, e garante que nem a atual crise política terá impacto nos planos do grupo. "A nossa estratégia não muda, mas o setor público poderá sofrer atrasos nos concursos. Contudo, os nossos planos de crescimento e investimento continuam inalterados", assegura.
A Indra tem deixado a sua marca em Portugal através de projetos tecnológicos que redefinem setores essenciais. No Metro de Lisboa, a sua solução de bilhética permitiu a introdução de pagamentos com cartão bancário, facilitando o acesso ao transporte público. Na TAP,
a Indra modernizou o sistema de gestão de reservas, melhorando a experiência dos passageiros e otimizando a operação da companhia. Com a Galp, colabora na transformação digital das estações de serviço, desde a gestão de combustíveis até soluções inovadoras para o setor energético.
A pegada em Portugal não se fica por aqui. O grupo tem vários projetos em áreas que vão da defesa, vigilância até à cibersegurança "Trabalhamos na gestão e segurança de identidades, protegendo sistemas de empresas e organizações. Com o aumento do trabalho remoto, é crucial garantir acessos seguros. Este é um desafio tanto para grandes empresas como para pequenas organizações, e temos procurado oferecer soluções adaptadas a cada caso", sublinha Vasco Mendes de Almeida.
A importância dos PALOP
A estratégia de crescimento da Indra não se limita a Portugal. Nos PALOP, a empresa tem vindo a reforçar a sua presença com projetos estruturais que vão da gestão de tráfego aéreo até à digitalização da saúde e 'utilities'.
Recentemente abriram uma filial em Angola e têm uma sucursal em Moçambique, reforçando a presença na região.
"Os PALOP têm desafios específicos. Angola e Moçambique são mercados grandes onde já temos projetos na gestão de tráfego aéreo e no setor privado. Em Cabo Verde e em S. Tomé, estamos a explorar soluções para comunicações seguras, saúde remota e 'utilities'", explica o responsável.
Os números confirmam a estratégia de crescimento da Indra Em 2024, as receitas globais do grupo aumentaram 12% em relação a 2023, com crescimentos de dois dígitos nas divisões de Defesa (26%) e Gestão de Tráfego Aéreo (30%). O lucro líquido atingiu 278 milhões de euros, um aumento de 35% face a 2023. A empresa encerrou dezembro de 2024 com uma posição de caixa positiva de 86 milhões de euros, contrastando com a dívida líquida de 107 milhões de euros registada em dezembro de 2023.
"A nossa ambição é continuar a crescer e a inovar, reforçando o nosso compromisso com Portugal e os PALOP', conclui Vasco Mendes de Almeida.
Nexus, Simumak, SIA, Deimus e, mais recentemente, a Hispasat Imparável, o espanhol grupo Indra tem tido uma lista de compras extensa nos últimos três anos e, para 2025, a multinacional espanhola de tecnologia e consultoria apontou a mira a Portugal. Há aquisições a serem negociadas de forma a que a lndra possa consolidar a sua posição como um dos principais 'players' tecnológicos na Península Ibérica e reforçar ainda a sua presença nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Com mais de 25 anos de história em solo português e uma equipa que ultrapassa mil colaboradores, a operar sob a marca Minsait, a empresa continua a expandir- se, com um aumento superior a 30% na carteira de projetos contratados entre 2023 e 2024 e um crescimento de quase 10% na execução de serviços. Para este ano, ambicionam números semelhantes.
A expansão por cá está alinhada com o plano "Leading the Future" da empresa. Segundo Vasco Mendes de Almeida, responsável pela operação no país e nos PALOP, Portugal é uma geografia essencial para a empresa: "Estamos a analisar oportunidades de crescimento tanto orgânico como inorgânico, avaliando aquisições que reforcem as nossas capacidades e posicionamento no mercado."
Entre as compras recentes, algumas obrigaram a reajustes na operação portuguesa, como é o caso da Deimos, uma empresa especializada em soluções aeroespaciais, e da SLA, focada em cibersegurança. "A compra da Deimos tem impacto direto em Portugal, pois a empresa tem operação cã. A aquisição da SIA também pode trazer oportunidades", adianta o responsável em entrevista ao Negócios.
Portugal é peça-chave
Por agora, Portugal tornou-se um alvo também para a concretização de novas aquisições. Vasco Mendes de Almeida espera ter novidades concretas ainda no primeiro semestre deste ano, e garante que nem a atual crise política terá impacto nos planos do grupo. "A nossa estratégia não muda, mas o setor público poderá sofrer atrasos nos concursos. Contudo, os nossos planos de crescimento e investimento continuam inalterados", assegura.
A Indra tem deixado a sua marca em Portugal através de projetos tecnológicos que redefinem setores essenciais. No Metro de Lisboa, a sua solução de bilhética permitiu a introdução de pagamentos com cartão bancário, facilitando o acesso ao transporte público. Na TAP,
a Indra modernizou o sistema de gestão de reservas, melhorando a experiência dos passageiros e otimizando a operação da companhia. Com a Galp, colabora na transformação digital das estações de serviço, desde a gestão de combustíveis até soluções inovadoras para o setor energético.
A pegada em Portugal não se fica por aqui. O grupo tem vários projetos em áreas que vão da defesa, vigilância até à cibersegurança "Trabalhamos na gestão e segurança de identidades, protegendo sistemas de empresas e organizações. Com o aumento do trabalho remoto, é crucial garantir acessos seguros. Este é um desafio tanto para grandes empresas como para pequenas organizações, e temos procurado oferecer soluções adaptadas a cada caso", sublinha Vasco Mendes de Almeida.
A importância dos PALOP
A estratégia de crescimento da Indra não se limita a Portugal. Nos PALOP, a empresa tem vindo a reforçar a sua presença com projetos estruturais que vão da gestão de tráfego aéreo até à digitalização da saúde e 'utilities'.
Recentemente abriram uma filial em Angola e têm uma sucursal em Moçambique, reforçando a presença na região.
"Os PALOP têm desafios específicos. Angola e Moçambique são mercados grandes onde já temos projetos na gestão de tráfego aéreo e no setor privado. Em Cabo Verde e em S. Tomé, estamos a explorar soluções para comunicações seguras, saúde remota e 'utilities'", explica o responsável.
Os números confirmam a estratégia de crescimento da Indra Em 2024, as receitas globais do grupo aumentaram 12% em relação a 2023, com crescimentos de dois dígitos nas divisões de Defesa (26%) e Gestão de Tráfego Aéreo (30%). O lucro líquido atingiu 278 milhões de euros, um aumento de 35% face a 2023. A empresa encerrou dezembro de 2024 com uma posição de caixa positiva de 86 milhões de euros, contrastando com a dívida líquida de 107 milhões de euros registada em dezembro de 2023.
"A nossa ambição é continuar a crescer e a inovar, reforçando o nosso compromisso com Portugal e os PALOP', conclui Vasco Mendes de Almeida.