A economia portuguesa deverá crescer 2% em 2025, prevendo-se uma aceleração para 2,3% em 2026, seguida de um abrandamento para 1,7% e 1,8% em 2027 e 2028, respetivamente.
Num enquadramento internacional marcado por tensões comerciais, apreciação do euro e incerteza elevada, a economia portuguesa mantém um crescimento robusto. O alívio das condições financeiras, o reforço dos fundos europeus e uma política orçamental expansionista têm atenuado o impacto dos choques externos.
No horizonte da projeção, o PIB cresce a um ritmo médio próximo do observado em 2020-24, com maior protagonismo da procura interna e menor contributo das exportações.
O mercado de trabalho permanece sólido, com uma taxa de desemprego baixa e um nível de emprego em máximos históricos. A redução dos fluxos imigratórios limitará a evolução do emprego e da atividade ao longo dos próximos anos.
A inflação deverá recuar para 2,2% em 2025 e 2,1% em 2026, estabilizando em 2% nos dois anos seguintes, em linha com as perspetivas para a área do euro.
Os riscos para esta projeção, predominantemente negativos para a atividade e equilibrados para a inflação, são, essencialmente, de natureza externa: agravamento de tensões comerciais e geopolíticas, impacto das tarifas e correção abrupta dos mercados financeiros. Entre os riscos internos, destaca-se a possibilidade de um investimento inferior ao projetado, caso o financiamento total do PRR não seja executado. Em sentido contrário, a despesa europeia em defesa e infraestruturas pode estimular o crescimento.