A AICEP está a acompanhar de perto a presença portuguesa na ISPO Munich 2024, que começou ontem e se estende até quinta-feira.
Paulo Rios, administrador, diz ao T Jornal querer “estar ao lado das empresas no caminho da sua internacionalização, nas suas diversas fases e estádios de maturidade”.
Qual é a visão da AICEP da evolução da participação portuguesa na ISPO Munich?
A AICEP, como entidade que apoia o comércio externo nacional, acompanha naturalmente com interesse a participação das empresas portuguesas em certames de relevo no exterior, como é o caso da ISPO Munich. Procurando estar próxima das empresas que integram a comitiva nacional, a AICEP estará representada nesta edição da ISPO pela gestora que acompanha a fileira da moda a partir de Portugal, Mariana Falcão.
Importa referir que a participação em feiras internacionais se mantém como uma ferramenta muito válida para o estabelecimento de novos contactos comerciais para as nossas empresas e a ISPO, sendo a mais relevante no seu segmento a nível global, reveste-se de particular importância. Não é por acaso que, desde o ano da estreia nacional nesta feira até esta edição, se tem vindo a reforçar fortemente a presença das nossas empresas.
As empresas nacionais da fileira moda têm vindo efetivamente a trilhar um caminho de valorização da sua oferta, contribuindo para um maior valor acrescentado das nossas exportações. Sabemos, por exemplo, que produtos como os têxteis técnicos são cada vez mais relevantes na oferta do nosso país, e alcançam um reconhecimento internacional cada vez maior. Na verdade, Portugal tem uma das indústrias de têxteis técnicos mais robusta da Europa, ocupando (de acordo com dados de 2023) o 8º lugar na indústria têxtil tecnológica europeia.
A mensagem de coletivo que será passada através dos três pavilhões From Portugal na feira é importante?
Num país com a dimensão de Portugal parece-nos consensual a importância de um trabalho conjunto entre as empresas. Esse é, aliás, o racional que acompanha os projectos conjuntos de internacionalização, instrumento que tem a AICEP como organismo intermédio.
E a veia sustentável associada ao projeto ‘Sustainable Textile & Apparel From Portugal’ da ATP também agrega um valor extra?
Sim. Aliás, a sustentabilidade da nossa oferta foi o mote da campanha de promoção internacional “Moda Sustentável” recentemente dinamizada pela AICEP, e que pretendeu afirmar Portugal como um criador de moda sustentável.
A moda portuguesa destaca-se por uma série de fatores, como a sua flexibilidade, orientação para o cliente ou verticalidade, e está enraizada numa forte tradição e num know-how que são relevantes para os clientes que escolhem o nosso país. Além disso, as suas práticas ao nível da sustentabilidade, seja no âmbito dos materiais ou dos processos, reforçam o posicionamento desta indústria ao nível das boas práticas de ESG.
Que ferramentas a AICEP tem disponíveis para as empresas reforçarem a sua internacionalização?
Pretendemos estar ao lado das empresas no caminho da sua internacionalização, nas suas diversas fases e estádios de maturidade. Para isso, através dos gestores de cliente, acompanhamos empresas de forma próxima, prestando um apoio personalizado. Para além da nossa presença em Portugal, contamos com uma ampla rede externa, em cerca de 50 mercados.
Entre os nossos produtos e serviços estão, entre outros, a entrega listas de clientes estrangeiros, a divulgação de concursos internacionais, o fornecimento de informação especializada de mercado ou a dinamização de ações de formação e capacitação, através da Academia AICEP.
Em suma, a AICEP está vocacionada para promover o desenvolvimento da internacionalização da economia de Portugal e trabalha, por isso, com e para as empresas nacionais, através de uma equipa multidisciplinar presente em todo o mundo.

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AICEP: “Pretendemos estar ao lado das empresas”
A AICEP está a acompanhar de perto a presença portuguesa na ISPO Munich 2024.
Jornal T
05 dez. 2024
Imprensa Nacional