De acordo com o relatório mensal do CaixaBank Research, no biénio 2023-2024, o crescimento do país deverá situar-se, no acumulado destes dois anos, à volta dos 3% e o emprego em cerca de 2%. Relativamente à inflação, tudo aponta para a sua moderação, podendo situar-se, em média, à volta dos 3,5% durante o referido espaço temporal.
As previsões de estabilização económica assentam sobretudo na força do mercado de trabalho que revela uma resistência muito positiva às adversidades contextuais na atualidade, ao bom comportamento dos preços da energia no último trimestre de 2022, à contenção das expetativas após o agravamento acentuado fruto do início da guerra às portas da Europa, assim como o apoio do governo em termos de política fiscal.
De entre os elementos que poderão sustentar o crescimento da atividade económica e do emprego, destaque para a disponibilidade dos fundos europeus Next Generation EU (NGEU), a execução do PERTE – Projetos Estratégicos para a Recuperação e Transformação Económica, assim como a recuperação do turismo internacional, especialmente no longo prazo.
No que concerne a evolução dos preços dos bens e serviços consumidos pelas famílias, e partindo-se de um cenário de moderação gradual da inflação, em 2024, o índice de preços ao consumo situar-se-á cerca de 20%, acima dos níveis registados em 2019.
Não obstante, há a consciência de que o cenário continua complexo, tendo em consideração a potencial interação de fatores como os sinais de endurecimento do processo monetário global, o final da política de COVID zero na China, ou a evolução da guerra Rússia-Ucrânia.