Depois de três épocas de patrocínio em Moto2 e Moto3, a OLI abraçou em 2022 a prova "rainha" MotoGP como patrocinadora oficial da equipa italiana Gresini Racing, marcando presença nas motos 23 e 49 da Ducati, nos fatos dos pilotos Enea Bastianini e Fabio Di Giannantonio e nos uniformes da equipa.
"Após uma época de sucesso, em que Enea Bastianini foi o terceiro classificado do campeonato e o melhor piloto independente", a aveirense OLI volta este ano a estar presente em grande nesta equipa transalpina, desta vez nas "máquinas" 49 e 72 da Gresini e nos fatos dos pilotos italiano Fabio Di Giannantonio e espanhol Alex Marquéz, respectivamente.
"Com este investimento, a OLI intensifica a sua visibilidade global, associando-se a uma modalidade com uma crescente adesão mundial e níveis de audiência recorde", explica a empresa, sem revelar valores, em comunicado.
"Depois de uma época de grande sucesso, é com muita satisfação que damos continuidade à parceria com a Gresini Racing. Quando entramos juntos na quinta temporada, fazemos a retrospetiva da ligação entre as duas empresas familiares que, com persistência e coragem, atingiram o sucesso na pista e fora dela. Os valores comuns entre a OLI e a Gresini fortaleceram a nossa ligação e fazem-nos olhar com confiança para mais um ano", afirma António Ricardo Oliveira, administrador da OLI.
De referir que, pela primeira vez em 18 anos, o Mundial de MotoGP não começará no Qatar, mas sim em Portugal.
A prova inaugural de 2023 será no Autódromo Internacional do Algarve nos dias 24, 25 e 26 de março.
A propósito, a empresa portuguesa avança que, "à semelhança do ano passado, a OLI irá promover, no âmbito da competição, diversas ações de ativação da marca".
Detida pela família Oliveira e o grupo italiano Fondital, a OLI apresenta-se como a maior produtora de autoclismos da Europa do Sul, tendo fechado 2022 com "o volume de negócios mais elevado de sempre" – 75,5 milhões de euros, mais 7% do que no ano anterior, estimando um crescimento de 8% para 2023.
As exportações aumentaram 16%, representando quatro quintos (75,6%) do total das vendas, com destaque para o impulso de 142% registado pelos mercados do Norte de África, sobretudo o Egipto e a Tunísia.
Já a invasão da Ucrânia pela Rússia "teve um impacto negativo no exercício de 2022 da OLI, com as vendas nestes dois países a serem residuais. Antes do conflito, em 2021, a Rússia e a Ucrânia representavam 6,3% das vendas totais da empresa", sinalizou a empresa.
As soluções de banho desenvolvidas e produzidas no complexo industrial em Aveiro, nomeadamente autoclismos, placas de comando e mecanismos, foram enviadas para mais de 85 países dos cinco continentes, enfatiza a OLI, que emprega 424 pessoas em Portugal.
Entretanto, a OLI tem em curso um investimento da ordem dos 12 milhões de euros na ampliação do seu complexo industrial, no aumento da capacidade produtiva, no desenvolvimento de novos produtos e no reforço dos sistema e tecnologias de informação, com inauguração prevista ainda para a primeira metade deste ano.