Neste segundo evento, a empresa portuguesa possibilitou a venda de 200 milhões de dólares em ações por parte da sua equipa. Estes processos, conhecidos como eventos de liquidez, permitem aos colaboradores de empresas privadas vender parte das suas participações a investidores, sem que a empresa tenha de entrar em bolsa. Embora recorrentes em mercados mais maduros, como o norte-americano, continuam a ser casos raros no ecossistema português.
“Desde o primeiro dia da Sword, tivemos como objetivo reconhecer todo o talento dos nossos colaboradores e o valor que criaram de forma direta, através de geração de liquidez que lhes permitisse criar um nível de riqueza geracional”, afirma Virgílio Bento, fundador e CEO da empresa, em comunicado. O responsável acrescentou ainda: “Percebemos desde cedo que isto era importante também como forma de criar um ciclo virtuoso de geração de riqueza em Portugal. Foi essa a razão pela qual decidimos criar estes eventos anuais de venda de ações, por forma a permitir à nossa equipa ter acesso à liquidez, e esperamos que isto se torne mais comum em Portugal, com outras empresas que possam atingir o mesmo nível de sucesso da Sword no futuro.”
Para Virgílio Bento, o impacto vai além das fronteiras da empresa. “Só assim se cria um ecossistema de inovação que possa colocar Portugal no grupo de países líderes mundiais em inovação. E isto só acontecerá se houver mais exemplos como a Sword, em que o talento português é reconhecido de forma clara por quem as lidera.”
O segundo evento de liquidez surge num contexto de forte crescimento financeiro. No terceiro trimestre deste ano, a Sword registou um volume de receitas duas vezes superior ao do período homólogo, impulsionado pela procura crescente de soluções de saúde baseadas em inteligência artificial (IA). Desde a sua fundação, a empresa já prestou mais de oito milhões de sessões com IA a mais de 600 mil pacientes, gerando poupanças superiores a mil milhões de dólares em custos de saúde para os seus clientes.